SONS DO SAGRADO encerra programação com concerto e missa em celebração aos 280 anos da Arquidiocese de Mariana

Evento reuniu fé, música e patrimônio histórico e marcou a reabertura do órgão Arp Schnitger na Catedral.

    O último sábado foi de celebração e emoção em Mariana com o encerramento do Sons do Sagrado, evento que integrou a programação comemorativa dos 280 anos da Arquidiocese de Mariana, a primeira Diocese de Minas Gerais. Iniciado em 6 de dezembro, o projeto reuniu ao longo de mais de uma semana missas, concertos e apresentações de corais, consolidando a cidade como referência nacional na preservação do patrimônio religioso e musical.

    Um dos marcos do Sons do Sagrado foi a reabertura do órgão Arp Schnitger, instrumento secular presenteado à Diocese pela Coroa Portuguesa e considerado uma raridade fora da Europa. Após cerca de dez anos fora de funcionamento, o órgão voltou a soar na Catedral de Mariana, emocionando fiéis e apreciadores da música sacra. A retomada aconteceu no dia 8 de dezembro, com apresentação da organista da Catedral, Josineia Godinho, acompanhada por associações de orquestras e grupos de canto.

    Ao longo dos dias seguintes, a programação contou com a participação de corais e músicos de diferentes regiões do Brasil. O momento de maior público ocorreu na quinta-feira (11), quando a Orquestra Ouro Preto se apresentou em conjunto com o órgão Arp Schnitger, reunindo cerca de 500 pessoas na Catedral. A união entre uma das orquestras mais reconhecidas do país e um dos mais importantes patrimônios musicais brasileiros conferiu forte caráter simbólico e histórico ao evento.

    O encerramento, no sábado (13), começou com uma missa solene na Catedral, acompanhada pelo Coro Paroquial e pelo órgão histórico. Na sequência, o Coral Ars Antiqua, de Belo Horizonte, apresentou a Messe Aux Cathédrales, sob regência de Ângela Pinto, encantando o público com a harmonia entre as vozes e o som do instrumento tricentenário.

    Com uma programação que aliou espiritualidade, arte e memória, o Sons do Sagrado reafirmou o papel de Mariana na valorização e preservação do patrimônio histórico, religioso e musical do Brasil, celebrando os 280 anos da Arquidiocese com experiências que conectaram passado e presente por meio da música e da fé.

Foto: Divulgação